Revolucionário. Esse é um adjetivo que muitas vezes pode ser usado de maneira exagerada para definir um filme. Só que no caso de “Toy Story”, essa não é uma descrição superestimada. Sua história tão original conquistou o público rapidamente, o que tornou esse primeiro longa-metragem de animação em 3D a maior bilheteria de 1995, fato que ajudou a abrir o caminho para dezenas de outras produções. Lançada há exatamente 26 anos, a obra possui uma série de curiosidades interessantes nos bastidores de sua criação:
1. O primeiro passo
Quando teve a ideia de uma obra na qual brinquedos pudessem ganhar vida, John Lasseter desenvolveu um curta-metragem chamado “Tiny Toy” (Brinquedo Pequeno, em tradução livre para o português). A obra que pode ser assistida no YouTube mostra um soldadinho de chumbo fugindo de um bebê. Em 1989, a produção ganhou o Melhor Curta-Metragem de Animação. Um ótimo começo para uma ideia promissora.
2. O primeiro título
Nem sempre “Toy Story” foi o nome imaginado para a animação. A primeira ideia da equipe era “You Are a Toy” (Você é um Brinquedo, em tradução livre para o português), numa referência ao fato do Buzz achar que era um astronauta de verdade.
3. Nada de conto de fadas
Pouco antes de “Toy Story” chegar as telonas, a Disney estava em uma época de ascensão, após a fase difícil vivida depois da morte de seu criador. Deste modo, não seria improvável que eles fizessem exigências a Pixar. Só que desde os primeiros contatos, Lasseter já deixou claro que a parceria entre as empresas produziria obras mais originais.
4. Valeu, Tim Burton!
Em uma declaração dada em 2015, John Lasseter afirmou que o sucesso de “O Estranho Mundo de Jack” (1993) ajudou a convencer a Disney sobre a viabilidade de realizar “Toy Story”.
5. O primeiro Woody
Inicialmente, a ideia era que o personagem fosse um boneco de ventríloquo. Seu nome seria Tinny, numa homenagem ao curta mencionado anteriormente. A ideia foi vetada pela Disney por conta da associação desse tipo de boneco com obras de terror. Também foi solicitada a alteração no comportamento dele, pois anteriormente eram previstas ofensas a outros bonecos. Acertadamente, a Pixar concordou.
6. O nome do Buzz
Já esse personagem não mudou tanto em relação ao que era previsto nas versões iniciais. A grande mudança foi no nome. Antes previsto para chamar-se Lunar Larry, o Buzz Lightyear ganhou seu nome em uma homenagem a Buzz Aldrin, segundo homem a pisar na Lua. Já o Lightyear veio da expressão ano-luz, uma unidade astronômica que mede a distância percorrida pela luz durante o período de um ano.
7. As cores do Buzz
Outra mudança relativa ao personagem é em relação a seu uniforme. Se antes a ideia era deixá-lo mais parecido com a roupa dos astronautas da Missão Apollo, posteriormente quiseram torná-lo mais colorido. E a escolha das cores foi do jeito mais simples possível: o John Lasseter gosta de verde limão e a esposa dele tem o roxo como cor predileta.
8. As vozes da dupla
Tim Allen ficou encarregado da responsabilidade de ser a voz do astronauta de brinquedo, mas esse cargo quase não foi dele. Jim Carrey foi o primeiro convidado, mas recusou em virtude de outros compromissos. O ator Billy Crystal também rejeitou o convite e diz arrepender-se disso até hoje. Já a voz do Woody ficou a cargo de Tom Hanks. No Brasil, o Buzz é dublado por Guilherme Briggs. Nesse primeiro filme, a versão brasileira do Woody tem a voz de Alexandre Lippiani, falecido em 1997. Nos filmes seguintes o personagem é dublado por Marco Ribeiro.
9. O erro da Mattel
Inicialmente era previsto que a personagem apaixonada pelo Woody seria a Barbie, mas a a Mattel não acreditou no filme o suficiente para a inserir na história. Só então foi criada a Betty.
10. Soldadinhos por um dia
Alguns profissionais da Pixar chegaram a andar igual aos soldadinhos verdes, no intuito de analisar como seria a movimentação deles na prática e deixar a animação o mais realista possível.