Há exatos 86 anos, em 5 de fevereiro de 1936, “Tempos Modernos” era exibido pela primeira vez em uma sessão realizada no Rivoli Theater em Nova York. No filme, o Carlitos trabalha como um apertador de porcas numa fábrica na qual mal há tempo para respirar. Atrapalhado, ele se envolve em várias confusões, mas também se apaixona. Considerada clássica, a obra é exibida até hoje em escolas, especialmente quando são abordados os modelos de produção em que os funcionários dividem as etapas do trabalho. Conheça a seguir sete fatos sobre esse longa-metragem memorável.
1. O papo com Gandhi
Em um encontro com Mahatma Gandhi, na época em que o mundo ainda sofria com os efeitos da Grande Depressão de 1929, Charlie Chaplin e ele conversaram sobre como as máquinas acabaram tirando empregos e criando miséria. O papo acabou inspirando o cineasta a realizar o filme.
2. A máquina do almoço
Em certo instante do filme, o Carlitos vira uma cobaia da máquina criada para os funcionários se alimentarem em quanto trabalham. Foram necessários sete dias para gravar totalmente esse momento cômico, no qual o equipamento funciona mal e o personagem fica todo sujo.
3. Parecido
Intérprete do chefe da fábrica, o ator Allan Garcia foi escolhido principalmente por parecer-se com Henry Ford, empresário que implementou em suas fábricas um modelo de produção similar ao apresentado no filme.
4. Engrenagens
Na icônica cena em que Carlitos vai parar dentro da máquina da fábrica, Charlie Chaplin realmente entrou naquela estrutura. Entretanto, o local foi feito com madeira e borracha no lugar do aço. Ainda assim, aquilo era bastante desconfortável e o ator gravou a cena direto no primeiro take, ao contrário do que habitualmente fazia.
5. A voz
Consagrado na era do cinema mudo, Charlie Chaplin foi bem resistente em aderir ao cinema falado. Neste filme em que sua voz é ouvida pela primeira vez, um roteiro chegou a ser escrito para que a obra fosse inteiramente falada, mas o cineasta só foi fazer isso em “O Grande Ditador” (1940).
6. O figurante
Na cena em que um pastor e sua esposa visitam a prisão onde Carlitos está detido, o líder religioso foi interpretado por Cecil Reynolds, médico pessoal de Chaplin.
7. O desfecho
Quando o filme termina, o Carlitos e sua amada perdem o emprego, mas terminam juntos caminhando em uma estrada em direção ao futuro. Entretanto, quase esse encerramento foi diferente. Em outra versão do roteiro que chegou a ser gravada, a jovem vivida por Paulette Goddard virava uma freira, enquanto o personagem de Chaplin terminava no hospital se recuperando de um colapso nervoso. Hoje a gravação já não existe, mas a foto abaixo mostra como seria esse final: