O cinema perdeu nessa quinta-feira, 6, um apaixonado pela sétima arte. Aos 82 anos, Peter Bogdanovich faleceu de causas naturais em Los Angeles (EUA). Nos anos 60, ele iniciou sua carreira como crítico e historiador de cinema, função que lhe permitiu entrevistar grandes nomes como Alfred Hitchcock e Orson Welles. No final dessa mesma década, ele iniciou sua carreira como diretor com “Na Mira da Morte” (1968).
Em 1971, lançou seu maior sucesso: “A Última Sessão de Cinema”, obra que lhe rendeu indicações ao Oscar de Melhor Diretor e Melhor Roteiro Adaptado. Sua carreira ficaria marcada ainda por “Essa Pequena é uma Parada” (1972), “Lua de Papel” (1973), “O Tatuado” (1979) e “Marcas do Destino” (1985). Ele também trabalhou como ator, função que desempenhou em alguns de seus próprios filmes, mas também em outras produções como a série “Família Soprano”.
Vários nomes importantes de Hollywood lamentaram a sua perda. Contemporâneo da geração da “Nova Hollywood”, Francis Ford Coppola disse estar devastado e afirmou que nunca vai esquecer da sessão de estreia de “A Última Sessão de Cinema”, na qual ele estava presente e viu o filme ser aplaudido por quinze minutos. Ator daquele longa-metragem, Jeff Bridges afirmou: “meu coração está partido … Ele nos deixou com o presente que são seus filmes incríveis e suas percepções sobre os cineastas que tanto admirava. Eu te amo Peter”.
Ganhadora do Oscar aos dez anos de idade por seu trabalho em “Lua de Papel”, Tatum O’Neal lembrou e agradeceu o fato dele ter sempre mantido ela segura no set de filmagens. Atriz de “Essa Pequena é uma Parada”, Barbra Streisand afirmou que Peter sempre lhe fez rir e que ele “vai continuar nos fazendo rir lá de cima também. Que ele descanse em paz”. Amigo de Bogdanovich, o diretor Guillermo del Toro lembrou das entrevistas de Peter com outros cineastas e definiu os filmes dele como “obras-primas”.