Uma parceria que durou mais de uma década e produziu grandes filmes agora ganha páginas na Justiça. A produtora e distribuidora Miramax está processando Quentin Tarantino após ele anunciar, no início de novembro, a venda de NFTs de trechos da primeira versão do roteiro de “Pulp Fiction: Tempo de Violência” (1994), escrita à mão, além de comentários em áudio. Para quem não está familiarizado, NFTs são itens digitais únicos e que tem movimentado quantias milionárias em suas vendas.
“A conduta de Tarantino forçou a Miramax a abrir este processo contra um valioso colaborador, a fim de fazer cumprir, preservar e proteger seus direitos contratuais e de propriedade intelectual relacionados a uma das propriedades cinematográficas mais icônicas e valiosas da Miramax”, afirma a empresa no processo judicial.
“Se não for controlada, a conduta de Tarantino pode induzir outros a acreditar que a Miramax está envolvida em seu empreendimento. E também pode induzir outras pessoas a acreditar que têm o direito de buscar negócios ou ofertas semelhantes, quando na verdade a Miramax detém os direitos necessários para desenvolver, comercializar e vender NFTs relacionados à sua biblioteca de filmes”, complementa a companhia.
Em um contato com o site The Hollywood Reporter, o advogado de Tarantino argumentou que o diretor agiu de acordo com seus “Direitos Reservados”, especificamente no direito de “publicação de roteiro”. Enquanto esteve na Miramax, Tarantino dirigiu “Cães de Aluguel” (1992), “Jackie Brown” (1997), os dois volumes de “Kill Bill”(2003-2004) e o próprio “Pulp Fiction: Tempo de Violência”. Por lá, ele também foi um dos diretores de “Grande Hotel” (1995) e “Sin City: A Cidade do Pecado” (2005).